Muitas vezes a expectativa é nossa maior inimiga, tento pensar dessa forma já que sendo brasileiro e conhecendo as maravilhas de nosso carnaval e festas juninas, esperava ser arrebatado da cadeira na abertura da copa. Ver a proposta finalizada, os vazios entre os participantes, a movimentação dos dançarinos me fez pensar que qualquer escola de samba de segunda divisão teria feito muito melhor. Com medo de arriscar, de ousar dentro de um espaço que domina, terminou por fazer uma abertura simples, reta, sem brilho.
Percebi depois de algumas leituras que foi necessário contratar a coreógrafa belga Daphne Corne e me veio em mente algumas experiências institucionais que já tive onde por vezes foi esquecido pela organização do evento de trazer para ordem do debate o povo, no seu sentido mais subjetivo, a experiência de tantos que já vem desenvolvendo trabalhos fantásticos tendo a cultura popular como referência, dos que fazem na evolução de uma comissão de frente verdadeiros espetáculos ou que emocionam com o calor e a beleza de nossos ritmos. Fomos representados, só não estávamos lá. Foi uma caricatura do que poderia ter sido.
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